Afinale?!







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N.B.:

Dizer, nesta altura do campeonato – depois de ter passado por tudo isto e especialmente por isto – que se me esgotaram totalmente o tempo e a paciencia para este tipo de propaganda tribalista, genocidario-racista, colonial-fascista e de extrema direita neo-nazi seria, no minimo, uma redundancia: expressei-o terminantemente aqui e os posts indicados acima, entre varios outros neste blog, explicam-no a saciedade! E, apenas para fazer um “ponto de ordem” (...de honra!...), acrescento-lhes A Negacao e Afirmacao de Agostinho Neto.

Mas, uma vez que, de todas as pecas delirantes que “me foram dedicadas” ate’ agora, esta e’ a mais ridiculamente doentia e esquizofrenica (ou, simplesmente, disgusting!), porque totalmente desprovida de qualquer base material e factual de sustentacao argumentativa, logo totalmente falaciosa - onde e’ que eu ja’ falei de ‘argumentos non sequitur’? - e em aberta contravencao a todas as disposicoes nacionais, regionais e internacionais sobre os Direitos Humanos e os Direitos dos Povos [para quem ainda nao era nascido na altura, ou passou completamente ao largo do 27 de Maio de 1977, ou, "mais perto de casa", da Sexta Feira Sangrenta, este (juntamente com outros recentes e continuos vomitos de odio propalados pelo ‘Novo Jornal’ em que se fala, por exemplo, de “monstros raciais e taras tribais” e de “encarcerar os tribalistas”; ou, ja’ agora, tambem pelo ‘O Pais’, em que se fala de “baratas” a boa maneira genocidaria Rwandesa…) era precisamente o tipo de ‘perola propagandistica’ para a diabolizacao das suas vitimas e intoxicacao e manipulacao da opiniao publica com que se “batia no ferro quente” imediatamente antes e depois daquela(s) data(s) fatidica(s)!], dou-me ao trabalho de deixar aqui sobre ela apenas as seguintes “notas tecnicas”:

(…) O Reino do Kongo, cuja sede era em Mbanza Kongo, totalmente dentro das actuais fronteiras de Angola, estendia-se, na era pre-colonial, por uma regiao que, a Sul, ia ate’ a Ilha de Luanda e, a Norte, compreendia os actuais (ou partes significativas destes) Kongo Brazzaville, Gabao e Kongo Kinshasa, sendo que deste, actual RDC, areas houve que pouca ou nenhuma relacao directa, ou historicamente relevante, tiveram com o Reino do Kongo. E’ o caso do seu extremo Norte, de onde era originario Mobutu que, note-se, nao era baKongo, mas sim NgBandi (o mesmo se passa no caso da regiao Leste/Grandes Lagos da RDC, de onde sao provenientes os Kabila, que pertencem a etnia Luba e nao baKongo). Portanto, nem a actual RDC na sua totalidade, nem Mobutu, podem com propriedade ser considerados “sucessores” (certamente nao unicos) do Reino do Kongo – quanto mais nao seja porque Mobutu, como aqui se regista, assumiu o poder pela forca contra os legitimos titulares do primeiro governo independente daquele pais, Lumumba e Kasavubu, este sim, um baKongo;

(…) A “authenticite” nao foi uma 'doutrina politico-ideologica': foi, quanto muito, uma 'directriz de afirmacao identitaria nacional', que tanto nao foi culturalmente totalizante, nem na RDC, nem nos outros “paises sucessores do Reino do Kongo”, que conviveu com, por exemplo, La Sapologie e os movimentos musicais multiculturais e multi-etnicos locais, regionais e trans-continentais de que aqui se fala um pouco;

(...) Assumir a identidade e valorizar e divulgar a cultura de origem nao significa tribalismo. Tribalismo, tal como racismo, e' usar a identidade (tribal ou racica) para hostilizar, denegrir, diabolizar, humilhar, achincalhar e tentar aniquilar (simbolica ou realmente) os que nao pertencem a essa mesma tribo ou raca e respectivas culturas. E, assim sendo, aquilo que faz o autor do artigo aqui em questao, tal como os seus correlegionarios, e' precisamente, e para dizer o minimo, tribalismo e racismo! E, por isso, eles sim, deveriam ser nada mais, nada menos do que encarcerados!

(…) Seria de todo o interesse do ponto de vista do conhecimento historico-cientifico que se explicassem, demonstrassem e provassem cabalmente, por um lado, a ‘implicacao’ do Reino do Kongo no alegado “exterminio dos Khoisan” e, por outro, as suas alegadas “ligacoes e afinidades”, doutrinarias ou outras, com os Boers - talvez devam pedir a Mandela, como descendente dos Khoisan e ex-prisioneiro dos Boers, os seus insights sobre o assunto;

(…) Se algum “autoctone”, em algum momento, advogou, promoveu e praticou a “descolonizacao completa” de Angola (e de Mocambique), ele nao foi “descendente do Reino do Kongo”: a Historia tem em registo quem e como assumiu totalmente o poder pos-independencia nesse(s) pais(es); sendo que, no caso de Angola, muito gracas ao apoio de um dos “sucessores do Reino do Kongo”, o Kongo Brazaville, em oposicao directa ao Kongo de Mobutu... E, nao fossem reconhecimentos desse facto como este, dir-se-ia que ha' em todo esse irresponsavel delirio racista, xenofobo, tribalista e anti-Bakongo muito do que, com toda a propriedade, se pode e deve chamar "cuspir no prato em que se debicou"!

(…) Tanto quanto “retornar ao patamar tecno-juridico-administrativo” que Angola teve antes da independencia significa, ou pode significar, “recolonizacao” ou “neo-colonialismo”, seria de toda a conveniencia explicar-se, de preferencia “tecnica, juridica e administrativamente”, como e porque que essa e’ a unica via possivel e desejavel para que se atinja tal patamar. Um possivel ponto de partida para essa discussao pode ser encontrado, por exemplo, aqui;

(…) Finalmente, no que pessoalmente me possa tocar directamente em relacao a todas essas e, possivelmente, outras questoes relativas, tenho apenas a parafrasear aquele que, agora caminhando para o fim dos seus dias, para garantir o seu “lugar no reino dos ceus” comeca a render-se a Verdade Historica, Fidel Castro: A Historia Me Absolvera’!

[P.S.: Curiosamente, dois dias depois de isto escrito, Joseph Kabila efectua uma 'visita relampago' ao seu homologo Angolano para reafirmar os lacos entre os dois paises]




Ainda outro take sobre a mesma leitura:

O argumento basico dos apostolos da 'recolonizacao' e’ o de que todos os males de que a Africa pos-colonial enferma teem na sua origem a independencia e a saida dos colonos: "os negros sao congenitamente incapazes de se auto-governar e de criar prosperidade economico-social (sao predadores, bebados ou bufos, vida deles e’ so’ fazere bwe’ de kilapie’, roubar e matarem-se uns aos outros, e mesmo depois de terem passado pela universidade teem que tirar os sapatos para poderem contar ate' doze! E, na verdade, nao fossem os europeus, especialmente os etnologos e antropologos, nem as suas proprias culturas eles conheceriam!)"!

E os numeros e imagens das guerras, da pobreza e do subdesenvolvimento, especialmente se em comparacao com alguns paises de outras regioes do mundo (e.g. Asia e America Latina) que partiram do mesmo nivel de desenvolvimento (ou pelo menos de PIBpc) aquando das independencias africanas nos anos 60, estao ai para o demonstrar a saciedade: "o problema de Africa nao e’ outro senao os Africanos"!
Mas, mais do que isso, "se alguma vez a Africa ostentou algum progresso, foi durante o periodo colonial, logo, sem os Europeus e/ou os seus descendentes directos a Africa esta’ condenada a pobreza, subdesenvolvimento e fracasso total e eterno… logo, a unica saida possivel desse ciclo vicioso e’ a 'recolonizacao'"!

E' isto, alias, que une alguns negros e brancos, esquerdistas e direitistas, nessa canoa furada (ou, mais uma vez, de como os extremos se tocam...): i.e. aqueles que professam e sempre professaram a "supremacia euro-caucasiana" (e seus lacaios) e alguns dos que honestamente sao criticos do poder pos-independencia em Africa [com o Zimbabwe de Mugabe como grande ponto de convergencia entre esses dois afluentes - vejam-se, no entanto as posicoes (conflituosas?) de Graca Machel sobre essa questao: aqui e aqui]... Sendo que, pelo meio, ha' alguns que, como eu, nao estando seguramente do lado dos primeiros e nao necessariamente sempre do lado dos segundos, apenas tentam separar as aguas entre esses dois rios... [por isso reagi deste modo as recomendacoes do Prof. Paul Collier sobre a economia angolana - retomadas aqui e aqui - o qual, por coincidencia, foi tambem professor da Dambisa Moyo, que no seu Dead Aid advoga, nada mais nada menos, que o remedio para todos os problemas actuais de Africa esta' no fim imediato (dentro de 5 anos) da Ajuda ao Desenvolvimento (ou, como dizia a outra "experta" em patetices, "for God's sakes stop aid!") e o recurso dos estados africanos aos mercados financeiros internacionais (... nao, nada vagamente parecido com a criacao das bases para um desenvolvimento, nao apenas economico-financeiro, mas tambem e sobretudo socio-cultural, endogeno e sustentavel...), tendo-o feito num momento em que aqueles se encontra(va)m em profunda crise e num contexto em que a esmagadora maioria das economias africanas nao tem credit ratings que lhes garantam qualquer acesso significativo a tais mercados - veja-se a esse respeito o que no ultimo paragrafo deste artigo se diz sobre a economia Mocambicana... - e sendo que, tambem por coincidencia, para esses mercados ela trabalha...], e por isso acabam(os) sendo vitimas de tentativas de afogamento por ambos os lados!

Ha' ainda um terceiro afluente que e' alimentado pelos proprios circulos do poder de estado de alguns paises africanos e de algumas organizacoes regionais no continente que se tornaram aid dependent, tanto em termos tecnicos como financeiros - para estes, os contingentes de estrangeiros [ex-colonos ou nao; embora isto nao deixe de me trazer a lembranca um alto dirigente da nomenkatura angolana que, nao ha' muito tempo, foi a Portugal declarar que "nos precisamos do homem portugues"... nada contra, se isso nao soasse claramente a "nos precisamos do ex-colono (porque nao estamos a dar conta do recado)"... e menos ainda contra se ele tivesse sido mais especifico e declarasse algo como "nos precisamos prioritariamente de tecnicos qualificados" e acrescentasse, ainda que apenas implicitamente, "porque e' imperioso que invistamos em capital humano e nos precisamos mais ainda do homem angolano, quanto mais nao seja porque foi ele que nos colocou e nos mantem no poder e perante ele temos o dever e a obrigacao de lhe prover e aos seus filhos a formacao adequada para que os angolanos possam competir em pe' de igualdade com qualquer estrangeiro num mundo cada vez mais globalizado!") funcionam como um "buffer" entre os governos/aparelhos de estado e os respectivos povos, que lhes assegura a manutencao do poder e a perpetuacao de determinados individuos em certos cargos, bem como os seus hefty revenue streams e a possibilidade de "brilharem" sozinhos sem quaisquer entraves - era, em parte, a este fenomeno e as suas consequencias socio-culturais a que aqui me referia...

O unico contra-argumento plausivel a essa “inevitabilidade historica” seria se se pudessem encontrar na Africa pre-colonial exemplos de sistemas culturais capazes de gerar, pelo menos potencialmente, estabilidade politica e desenvolvimento economico-social. Aparentemente sim: “(…) o antigo Reino do Congo, notabilizado por ser, então e aparentemente, o único reino organizado na África sub-saariana. (...) Esse palmarés de primeiro entre os reinos sub-saarianos a ter contacto com a Europa e a ter relações diplomáticas com a Santa Sé foi - e continua a ser. .. – motivo de orgulho para os súbditos do rei do Congo e seus actuais descendentes.” Mas… esse mesmo Reino emblematico e paradigmatico “teve como successor o maior emblema e paradigma de fracasso em todas as frentes na Africa pos-colonial: o Congo de Mobutu”!

E, pior do que isso, os seus “actuais descendentes” e “apostolos de Mobutu e da neo-authenticite’”, mesmo quando se apresentam com creditos e meritos profissionais e academicos reconhecidos, sao “monstros racistas e tarados tribais a encarcerar” e “baratas” a eliminar da face da terra: “(…) eles sao, como os boers (e ao contrario de Agostinho Neto - casado civilizadamente com uma mulher branca e que declarou "nao havera' perdao (!) para os 'apostolos da neo-authenticite' do 27 de Maio"...; ou de Mandela - que se divorciou pessoal e politicamente da sua "profeta da neo-authenticite' primeira esposa" e que "so' nao fez o impossivel para nao 'desagradar' os brancos sul-africanos, boers incluidos"...), declaradamente neo-nazis e praticam o primado do dinheiro sobre o direito; o suborno e a falsificação de documentos; a instilação dum racismo e tribalismo como nunca existira na vida económico-social; a distorção de factos históricos e sociais; a intriga e a subserviência; o nepotismo; e, com todas estas armas, a sabotagem subreptícia dos esforços para pôr Angola a funcionar no patamar técno-jurídico-administrativo que já tivera antes da independência.”!

"Logo, 'recolonizacao' e’ o unico caminho a seguir e quem se atreva a 'levantar um dedo ou a bater uma tecla em contrario'... convem saber sempre o que lhe espera!"

Portanto:

QUE VIVA A RECOLONIZACAO!!!
RECOLONIZATION OYE’!!!



(...) Mas, na verdade, nao fosse a gravidade das questoes acima referidas, poderiamos ter poupado o ja' pouco tempo e paciencia que nos restam para todo esse nonsense a mistura com pure evil (!): e' que tudo isso parece claramente nao passar de uma "questao de inteligencia" ou, dito de outro modo, de "competicao pela paridade (ou supremacia?) da etnia, da raca e do genero no dominio intelectual" (poderia dize-lo ainda de outro modo, mas voltar a falar em inveja, ciumes, odio e afins, seria tambem mais do que uma redundancia neste blog... onde e' que por aqui ja' se falou em "inveja dos brains"?)... Senao vejamos (citando da mesma edicao do NJ acima referida):

(...) Os seus “apóstolos” não esmoreceram, nem quando encontraram situações imprevistas como mulatos com os pais, os quatro avós, os oito bisavós e os dezasseis trisavós nados, vividos, mortos e enterrados em Angola; angolanos negros tão ou mais inteligentes que eles e se não deixaram enganar; outros africanos subsaarianos nascidos em Angola (e, não raro de segunda ou até terceira geração) que não abdicam da sua actual nacionalidade e não alinham nos “cantos de sereia” dos apóstolos da neooauthenticité.

(...) O que devemos fazer pela Pátria? Provar à sociedade que o talento assusta os medíocres’ como tão bem descreveu José Alberto Gueiros há mais de 25 anos no extinto Jornal da Bahia - “assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas, boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher no seu círculo de convivência por medo de perder os seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar” O que devemos, perante este cenário, continuar a fazer pela Pátria? Demonstrar à opinião pública que os medíocres, que não aprendem nada com nada, são obstinados na conquista de lugares de destaque. O que devemos continuar a fazer pela Pátria? Pôr em evidência que os medíocres entrincheirados em posições de chefia denotam um medo indisfarçável da inteligência. O que devemos incessantemente continuar a fazer pela Pátria? Desenterrar a famosa trova de Ruy Barbosa: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vezes fico pensando que a burrice é uma ciência”

(...) Como diria o meu amigo Rainer (aprendeu nos Acores): Eta Corisco!...
Bem...! Que tal um 'cruzamento de referencias' com a minha confissao... ou com este "caso"... ou com os meus Boers... ou com os meus Khoisan...?!

(...) E... creio que Ruy Barbosa subscreveria esta: "ha' tanto kabungado tarado e monstruoso com bigodinho a Hitler e a espumar da boca com a lingua de serpente de fora, auto-convencido que e' super-inteligente e talentoizo (...e' que... Deus e' poderoizo!...) por ai a solta, que as vezes fico pensando que a kabunguice e' uma ciencia"!

(...) E, ja' agora, alguem reparou em como o obus dos "monstros raciais e taras tribais" foi lancado para o meu kintal em retaliacao directa e imediata ao comentario a este post e a este ?!... O que nos remete para "outras questoes", nomeadamente "quem e' quem, quem e' amigo de quem, quem se senta a mesa de quem e quem 'debica no prato' de quem"! Mas essas ja' aqui foram, pelo menos parcialmente, abordadas...

(...) Talvez nao seja de todo despiciendo relembrar aqui o meu "celebre debate" com o Negro Ugandes ('tao ou mais inteligente do que eu') Dennis Matanda no (agora infelizmente "desaparecido em combate") Africanpath, sobre a "recolonizacao". Como quem o seguiu de perto (e entenda bem Ingles) tera' anotado, eu comecei por responder ao seu primeiro "Call for Recolonization" com um comentario em que me declarava "un-comfortably numb" ("de-construcao" minha do titulo dos Pink Floyd que, mais recentemente, por aqui passei a volta deste post ), ao que se seguiu o meu primeiro artigo naquele site, como guest blogger, sobre a questao ("Are We All Losing The Plot?"). O Dennis respondeu imediatamente num outro artigo ("We Africans Have Lost The Plot a Long Time Ago") em que reiterava as suas posicoes iniciais, ao que eu voltei a carga tambem com um segundo artigo ("Are We All Losing The Plot? - Part II"), tendo dele obtido a seguinte resposta:

Recovering from an Intellectual Blow

Koluki, I finally got round to reading this article - and I can tell you that I have been blown away - completely. Having said that, you have made a case for the shifting of blame from the leaders of present day African countries to the history of their different nations. But is that not the problem? How can a people who have been showed these examples not react to them? How can we not look into history and 'force' our present leaders to do their good deeds? Lastly, how can we not blame our current leaders yet they, like our historical leaders, are not attempting to be students of history or leadership? That is the core of my argument. If we had leaders in the past, why do we have presidents today?
Again, your article is excellent - and I am bowled over.

Dennis Matanda


Bem, se "recovering from an intellectual blow" e "your article is excellent - and I am bowled over - completely" nao e' "cair no canto da sereia", o que quer que isso signifique...

[E abro aqui um parentesis para notar o seguinte: Este debate e, em particular, esta resposta do Dennis Matanda (e tambem estes artigos de dois jovens Sul-Africanos, ou este debate na blogosfera Mocambicana), e' bem emblematico da diferenca cultural estrutural e estruturante em relacao aquilo que (nao) e' o nivel do "debate" entre os angolanos (ou apenas alguns? ... ou apenas alguns "jornalistas"?... ou apenas alguns "intelectuais"?...): ali debateram-se seriamente ideias e conviccoes fortes e profundas sobre questoes extremamente sensiveis, tendo havido por parte do "derrotado" a hombridade, decencia, educacao, civilidade e elegancia de reconhecer a sua "derrota" e os meritos dos argumentos do adversario - mesmo sendo estes protagonizados por uma mulher (e, acrescente-se, negra!)... O que teriamos (temos tido) nos "pretensos debates" com angolanos? Nada mais do que os ataques ad hominem (... "ad mulher ", incluindo a sua vida intima e privada, ao seu corpo e a sua suposta sexualidade!...), o abuso e insulto mais baixo e soez, a tentativa de humilhacao, degradacao moral e espiritual, objectificacao sexual e destruicao fisica, psicologica e profissional (!) sem quaisquer escrupulos... E' essa a "mentalidade" da generalidade dos (ou de apenas alguns?... ou de apenas alguns "jornalistas"?... ou de apenas alguns "intelectuais"?...) angolanos!]

(...) E... quem diz, pateticamente, "resistir" (em vao) a este 'canto da sereia' e'... psicopata (ruim da cabeca) e... kabungadu (ou doente do pe')!

(...lol...)



ADENDA

"MANDELA, MOBUTU & ME"



In this stunning memoir, veteran Washington Post correspondent Lynne Duke takes readers on a wrenching but riveting journey through Africa during the pivotal 1990s and brilliantly illuminates a continent where hope and humanity thrive amid unimaginable depredation and horrors.

For four years as her newspaper's Johannesburg bureau chief, Lynne Duke cut a rare figure as a black American woman foreign correspondent as she raced from story to story in numerous countries of central and southern Africa. From the battle zones of Congo-Zaire to the quest for truth and reconciliation in South Africa; from the teeming displaced person’s camps of Angola and the killing field of the Rwanda genocide to the calming Indian Ocean shores of Mozambique.

She interviewed heads of state, captains of industry, activists, tribal leaders, medicine men and women, mercenaries, rebels, refugees, and ordinary, hardworking people. And it is they, the ordinary people of Africa, who fueled the hope and affection that drove Duke’s reporting. The nobility of the ordinary African struggles, so often absent from accounts of the continent, is at the heart of Duke’s searing story.

[from the hardcover edition]



Duke covered southern Africa as Johannesburg bureau chief for The Washington Post from 1995 to 1999. Her engaging memoir provides a close-up look at the fall of Mobutu Sese Seko in the former Zaire, the ascendance of Nelson Mandela in South Africa, dramatic high points of South Africa's Truth and Reconciliation Commission, and many poignant vignettes of everyday African life from Cape Town to Kigali. "Armed with attitude and ready for anything," she finds that being black and female is sometimes, but not always, an occupational asset. Knowing that her dispatches will help shape American perceptions of a region she cares deeply about, she works hard to balance her anger at the brutality and venality of "ugly Africa" against her admiration for Mandela and for the fortitude and ingenuity of ordinary Africans. Equally deft at presenting vivid eyewitness descriptions and concise evaluations of failed policies, whether African or American, Duke has given us a glimpse of what first-rate reporting on Africa can be.

[from Foreign Affairs]



Pictures: Mandela's 1997 mediation efforts between Mobutu and Laurent Kabila
[That's Afrika and That's Madiba For You!]


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